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  • Foto do escritorblanco

Uma pedra no meio do caminho

Fim de tarde em São Conrado

Trekinho passeando em baixa velocidade

Talvez uma das praias mais atingidas pelo descaso da população carioca, São Conrado já foi um paraíso, pode ter certeza. Mas hoje em dia é uma praia estranha, com uma atmosfera de abandono e um clima meio "mad max". Tirando os frequentadores do canto esquerdo, que normalmente não saem de lá, é difícil ver alguém surfando no resto da praia. A fama da poluição pode contribuir, mas a verdade é que São Conrado ( a praia ) sempre foi meio esquecida por todos.


Mesmo sabendo que não seria um dia bom de ondas, queria apostar no fim de tarde, pois o tempo tinha aberto e prometia um por do sol daqueles. Não sabia realmente o que esperar, mas tinha alguns planos na cabeça, aproveitando a luz baixa e as cores do fim de tarde. Chegando lá, no canto direito, o cenário era bem diferente do que esperava e, junto com o surfista Marcelo Trekinho, explorei as pedras e destroços de uma obra que parece nunca evoluir.



A obra é referente a ciclovia que foi inaugurada e se transformou em uma tragédia e vergonha para os cariocas, que o diga Tim Maia, que carregou a responsabilidade de emprestar o nome a obra. Se ele fosse vivo talvez não concordasse com isso, mas também talvez não recebesse essa homenagem...


Essa pedra grande, foi cortada bem a beira-mar. O motivo não dá para saber, mas é bem estranho ver formas grosseiramente milimétricas no meio da natureza. Foi o que me chamou a atenção, lá acabou-se formando uma espécie de canal por onde a água do mar escoa. Não sei se toda essa obra fez alguma diferença no fundo do canto direito de São Conrado, que já há bastante tempo sofre com a intervenção humana, mas ela criou uma diferente interferência visual.


O surf foi bem mais divertido do que parecia, palavras do surfista. Ambos os cantos de São Conrado formam ondas triangulares, que mesmo curtas, proporcionam manobras com potência e velocidade, que em muitas picos da orla carioca seriam impossíveis. Quando chegamos, apenas dois bodyboarders, além do Trekinho, que ficou por um bom tempo surfando sozinho.


Mais uma sessão curta, sem muitas expectativas, mas que valeu a pena.






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